quinta-feira, 19 de março de 2009

Cerimonia Religiosa

A cerimônia religiosa varia muito de religião e igreja. Mas existem algumas regras básicas que podem fazer com que a cerimônia religiosa flua de forma mais organizada e suave.

Disposição no altar:

É costume no Brasil os padrinhos esperarem a noiva no altar, ao invés de entrar em cortejo. A família da noiva deve ficar do lado esquerdo e a do noivo, do lado direito. A mãe da noiva é a primeira a tomar posição e, em seguida, os pais do noivo. Os demais casais colocam-se em seus lugares. O número ideal de padrinhos é de dois casais de cada lado. Um altar lotado de pessoas não é muito elegante.

Em algumas religiões é costume os pais e padrinhos ficarem sentados na primeira fileira de cadeiras, ficando no altar apenas os noivos e o celebrante.

Caso você prefira um cortejo, deve ser feito na seguinte ordem:

Entram o noivo e sua mãe, em seguida a mãe da noiva e o pai do noivo.
Logo depois, os padrinhos e, então, as damas e pajens.

Cortejo de pajens, daminhas e damas de honra:

Devem entrar ao som de uma musical especial, não a marcha nupcial. As meninas entram primeiro e os pajens vêm em seguida. Também podem entrar formando casaizinhos. Um dos meninos carrega as alianças sobre uma almofada. Se houver apenas damas, uma delas leva as alianças. O cortejo chega no altar e divide-se, parte para a esquerda (mãe e padrinhos da noiva) e parte para a direita (pais e padrinhos do noivo). Caso seja apenas uma dama ou pajem, deve ficar do lado esquerdo.

A noiva:

A noiva entra ao som da marcha nupcial com o seu pai à sua esquerda e segurando o buquê com a mão direita. No altar, o pai deverá deixar a filha à esquerda do noivo, que deve cumprimentá-la com um beijo. A noiva passa o buquê para a mão esquerda.

O pai dirige-se para o lado esquerdo do altar para ficar ao lado da esposa.

Caso esteja usando luvas, a noiva deve retirá-las no altar e entregá-las a uma madrinha juntamente com o buquê. Deve recolocá-las somente no carro.

Saída da igreja:

Saem as damas e pajens, os noivos, a mãe da noiva com o pai do noivo, a mãe do noivo com o pai da noiva e finalmente os padrinhos.

LEMBRE_SE:

Na falta do pai, a noiva pode entrar com um parente próximo, avô, irmão, tio ou padrinho.

Os noivos podem receber os cumprimentos dos convidados na igreja ou na recepção. O celebrante deve avisar os convidados, caso os noivos tenham optado pela segunda alternativa. Apenas os pais devem ficar junto ao casal para receber os cumprimentos.

Desafios do casamento: “Eu vou te amar para sempre

"Casamento é o compromisso de aprender a resolver as brigas e as rusgas do dia-a-dia de forma construtiva, o que muitos casais não aprendem, e alguns nem tentam aprender."

Na semana passada comemorei trinta anos de casamento. Recebemos dezenas de congratulações de nossos amigos, alguns com o seguinte adendo assustador: "Coisa rara hoje em dia". De fato, 40% de meus amigos de infância já se separaram, e o filme ainda nem terminou. Pelo jeito, estamos nos esquecendo da essência do contrato de casamento, que é a promessa de amar o outro para sempre. Muitos casais no altar acreditam que estão prometendo amar um ao outro enquanto o casamento durar. Mas isso não é um contrato. Recentemente, vi um filme em que o mocinho terminava o namoro dizendo "vou sempre amar você", como se fosse um prêmio de consolação. Banalizamos a frase mais importante do casamento.

Hoje, promete-se amar o cônjuge até o dia em que alguém mais interessante apareça. "Eu amarei você para sempre" deixou de ser uma promessa social e passou a ser simplesmente uma frase dita para enganar o outro. Contratos, inclusive os de casamento, são realizados justamente porque o futuro é incerto e imprevisível. Antigamente, os casamentos eram feitos aos 20 anos de idade, depois de uns três anos de namoro. A chance de você encontrar sua alma gêmea nesse curto período de pesquisa era de somente 10%, enquanto 90% das mulheres e homens de sua vida você iria conhecer provavelmente já depois de casado.

Estatisticamente, o homem ou a mulher "ideal" para você aparecerá somente, de fato, depois do casamento, não antes. Isso significa que provavelmente seu "verdadeiro amor" estará no grupo que você ainda não conhece, e não no grupinho de cerca de noventa amigos da adolescência, do qual saiu seu par. E aí, o que fazer? Pedir divórcio, separar-se também dos filhos, só porque deu azar? O contrato de casamento foi feito para resolver justamente esse problema. Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas. As promessas e os contratos preenchem essa lacuna, preenchem essa incerteza, sem a qual ficaríamos todos paralisados à espera de mais informação. Quando você promete amar alguém para sempre, está prometendo o seguinte: "Eu sei que nós dois somos jovens e que vamos viver até os 80 anos de idade. Sei que fatalmente encontrarei centenas de mulheres mais bonitas e mais inteligentes que você ao longo de minha vida e que você encontrará dezenas de homens mais bonitos e mais inteligentes que eu. É justamente por isso que prometo amar você para sempre e abrir mão desde já dessas dezenas de oportunidades conjugais que surgirão em meu futuro. Não quero ficar morrendo de ciúme cada vez que você conversar com um homem sensual nem ficar preocupado com o futuro de nosso relacionamento. Nem você vai querer ficar preocupada cada vez que eu conversar com uma mulher provocante. Prometo amar você para sempre, para que possamos nos casar e viver em harmonia".

Homens e mulheres que conheceram alguém "melhor" e acham agora que cometeram enorme erro quando se casaram com o atual cônjuge esqueceram a premissa básica e o espírito do contrato de casamento. O objetivo do casamento não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o melhor relacionamento possível com quem você prometeu amar. Um dia vocês terão filhos e ao colocá-los na cama dirão a mesma frase: que irão amá-los para sempre. Não conheço pais que pensam em trocar os filhos pelos filhos mais comportados do vizinho. Não conheço filho que aceite, de início, a separação dos pais e, quando estes se separam, não sonhe com a reconciliação da família. Nem conheço filho que queira trocar os pais por outros "melhores". Eles aprendem a conviver com os pais que têm.

Casamento é o compromisso de aprender a resolver as brigas e as rusgas do dia-a-dia de forma construtiva, o que muitos casais não aprendem, e alguns nem tentam aprender. Obviamente, se sua esposa se transformou numa megera ou seu marido num monstro, ou se fizeram propaganda enganosa, a situação muda. Para aqueles que querem ter vantagem em tudo na vida, talvez a saída seja postergar o casamento até os 80 anos. Aí, você terá certeza de tudo.